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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Agricultores atingidos por estiagem utilizam crédito complementar

Os agricultores familiares dos municípios paranaenses atingidos pela estiagem que ocorreu entre o final de 2011 e início de 2012 estão sendo beneficiados com créditos complementares no va

Os agricultores familiares dos municípios paranaenses atingidos pela estiagem que ocorreu entre o final de 2011 e início de 2012 estão sendo beneficiados com créditos complementares no valor de até R$ 100 milhões, conforme prevê a Resolução 4112/2012, do Banco Central do Brasil. Com a medida, sobe para cerca 14 mil o número de unidades produtivas beneficiadas. Até o final de 2012, os produtores do Estado já acessaram R$ 40 milhões para fazer frente aos prejuízos causados pela seca.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que os novos recursos se somaram às ações desencadeadas pelo Estado, permitindo que os agricultores familiares atingidos pela estiagem se previnam contra eventos futuros da mesma natureza. Ele lembrou que o governo desenvolve um programa de abastecimento de água para comunidades rurais que prevê a construção de 480 sistemas até 2014, ao custo estimado de R$ 58 milhões.

Com os recursos federais, cada agricultor pode utilizar até R$ 10 mil por projeto apresentado e o pagamento pode ser realizado em até 10 anos. Técnicos do Instituto Emater participam da elaboração dos projetos e vão prestar assistência técnica durante a fase dos investimentos.

Ortigara explicou que o Paraná atingiu a meta de atendimento a cerca de 14 mil agricultores prejudicados pela seca. Ele afirmou que o objetivo foi alcançado devido a uma ação conjunta e contínua, envolvendo as instituições públicas e privadas do Estado, junto à Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Assim, foi possível incrementar o volume de recursos. Para toda a região Sul, foram liberados mais R$ 600 milhões.

EM OBRAS - Parte dos agricultores já realiza obras de revitalização de suas propriedades com práticas de uso, manejo e conservação do solo e da água, projetos de irrigação, formação e melhoria de pastagens, produção e conservação de forragem destinada à alimentação animal, entre outros investimentos que visam reduzir os impactos de estiagem em futuras safras. “É preciso prevenir para evitar gastos emergenciais a cada evento climático”, considerou Ortigara.

Os recursos foram negociados numa ação conjunta envolvendo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e instituições parceiras como a Superintendência Estadual do Banco do Brasil, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (FETAEP) e o Instituto EMATER, com apoio da Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário no Paraná.

SAFRA - Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Francisco Simioni, o volume de crédito disponível ao Estado está dentro das metas estabelecidas pelas instituições parceiras. “No Paraná, embora a estiagem tenha sido um fator muito forte, reduzindo as produtividades de feijão, milho e soja, os danos causados aqui foram menores, quando comparados com os Estados vizinhos como Santa Catarina e Rio Grande de Sul, comparou o diretor.

O diretor explicou que esse ano a realidade é bem diferente. “O clima foi favorável e o Paraná está colhendo uma safra de grãos satisfatória, se destacando no cenário nacional”, disse.

De acordo com a previsão do Deral, deverão ser colhidas cerca de 22,7 milhões de toneladas de grãos na safra de verão 2012/13. Com um clima favorável também para o período verão/outono – 2013, a segunda safra de milho poderá ampliar essa produção em mais 11,3 milhões de toneladas, aumentando a produção de grãos para cerca de 34,6 milhões, uma das maiores safras já produzidas no Paraná.

Fonte: SEAB-PR.