Notícia

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ALERTA: PERDEM OS AGRICULTORES FAMILIARES E OS CONSUMIDORES

Quem lucra neste mercado?

 

QUEM LUCRA COM ESSE MERCADO?

 

 

 

 

F     Dos 1.200.000 trabalhadores/as rurais que a Fetaep representa, 400 mil são trabalhadores e trabalhadoras rurais assalariados, que trabalham nas lavouras de cana-de-açúcar, café, horticultura, fruticultura, no cultivo e no corte de pinus e eucalipto e na pecuária de corte.

F     Cultivamos alimentos para o mercado interno e também para exportação. Porém, não temos acesso aos benefícios sociais gerados pela riqueza que produzimos.

F     No que se refere à indústria da madeira, o Paraná e outros estados da União têm presenciado a expansão do plantio de pinus e eucalipto. Essa expansão é sustentada financeiramente pelo poder público.

F     O Plano Safra 2009/2010 estabelece que o setor empresarial rural receberá recursos da ordem de R$92,5 bilhões, enquanto que a agricultura familiar receberá apenas R$15 bilhões.

F     O BNDES liberou R$1,74 bilhão para uma das maiores empresas que atuam no setor madeireiro do Paraná, representando o quinto maior financiamento da história do banco (fonte: Folha de São Paulo, agosto/2006).

F     Apesar das benesses recebidas pelas empresas madeireiras, grande contingente de trabalhadores têm seus direitos trabalhistas desrespeitados. São trabalhadores que exercem suas atividades em condições precárias, instalando-se em acampamentos improvisados, sem condições mínimas de saúde e alimentação.

F     Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, o maior número de casos de trabalho escravo no Paraná ocorre no setor madeireiro, principalmente do sul do Estado, nas regiões de Guarapuava e metropolitana de Curitiba.

F     Já o setor sucroalcooleiro movimenta R$40 bilhões/ano e, da mesma forma, a riqueza não chega aos trabalhadores que a produzem (fonte: Folha de São Paulo, agosto/2008).

F     O cortador de cana recebe, em média, R$3,40 por tonelada de cana cortada. Já o empregador recebe R$30,33 por tonelada (fonte: Seab/Deral) na esteira. Por que quem sua a camisa num trabalho extenuante obtém apenas 10% do rendimento do que produz?

F     O corte na cana exige grande esforço físico: é preciso dar 3.792 golpes com o facão e fazer 3.994 flexões de coluna para colher 11,5 toneladas no dia. Nos últimos anos, mortes de cortadores foram associadas ao excesso de trabalho (fonte: Folha de São Paulo, agosto/2008).

F     Acreditem! Ainda existe trabalho escravo no Brasil. Inúmeros trabalhadores ainda estão submetidos a condições análogas à escravidão.

F     A vergonha é que o Paraná é um dos estados que convive com essa prática degradante, registrando crescente número de casos de trabalho escravo: é o 5º colocado em libertação de trabalhadores escravos (fonte: Gazeta do Povo, junho/2009).

F     O trabalho escravo ocorre principalmente no meio rural, sendo freqüente na cultura da cana-de-açúcar, na produção de madeira e também na pecuária de corte.

F     Precisamos de políticas públicas que resgatem nossa cidadania. Queremos reforma agrária, salários justos, redução do trabalho informal, saúde e segurança do trabalho, transporte e alojamentos dignos, educação do campo, moradia.