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terça-feira, 17 de maio de 2011

Começam manifestações do Grito da Terra Brasil 2011

A expectativa é de que entre cinco a seis mil pessoas participem das manifestações, que se encerram na quarta-feira, às 15h, quando a presidente Dilma Rousseff concede audiência à direção d

Após dez dias de intensas negociações, de uma pauta com 195 itens, em mais de 40 audiências, inclusive com a presença de 16 ministros de Estado, começa nesta terça-feira, dia 17, a 17ª edição do Grito da Terra Brasil. Delegações de 27 Federações de todos os estados já começam a desembarcar na Capital Federal. A expectativa é de que entre cinco a seis mil pessoas participem das manifestações, que se encerram na quarta-feira, às 15h, quando a presidente Dilma Rousseff concede audiência à direção da Contag e presidentes das Federações para dar as respostas ao pleito do movimento sindical.

O presidente da Contag, Alberto Broch, conta que a abertura será às 14h30min, na Esplanada dos Ministérios, defronte ao Congresso Nacional. “Vamos fazer atos ao longo deste dois dias, em ministérios específicos com a finalidade de pressionar o governo e dizer que estamos aí em busca de respostas aos anseios dos trabalhadores rurais”, justifica. A Contag é a maior entidade de trabalhadores rurais da América Latina, com 4.300 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados e que representam 20 milhões de trabalhadores do campo e da floresta.

A exemplo das edições anteriores, existem tópicos importantes em todas as áreas, mas eu diria que o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011 é revestido de um significado especial, já que é nele, basicamente, que se definem os recursos e, consequentemente, a melhoria das políticas públicas. Neste ano, o volume é de R$ 16 bilhões e em todos os itens se tem proposta de melhorar o enquadramento, o Proagro Mais, o PGPAF, enfim tudo isso faz parte da política agrícola do Plano Safra. Uma inovação neste ano, continua o dirigente, é ver o Grito como um processo. “Ele não se encerra na quarta com a volta das delegações aos seus estados, já que vamos ficar cobrando e negociando diuturnamente os desdobramentos, uma vez que existem itens que vão permear o ano e o próprio governo”, disse.

Em relação ao primeiro ano com a presidente Dilma, ele disse que a expectativa é boa, porém a conjuntura atual mostra que o governo está fazendo um corte de orçamento e elevando a taxa de juros para combater a inflação. “Neste aspecto, o momento é difícil e nós vamos pressionar o governo numa lógica diferente da qual ele vem trabalhando.com a economia”, completa.

Fonte Agência Contag