terça-feira, 12 de abril de 2011
Faep propõe aos trabalhadores rurais piso de apenas R$ 545 mais 5%
Classe patronal trouxe para a 1ª rodada de negociação com a Fetaep um piso de R$ 572,25 - que fica praticamente estagnado. Devido à falta de acordo, piso estadual fica valendo
Em reunião realizada no dia 07 de abril, representantes da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) estiveram na Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Paraná (Fetaep) para a 1ª rodada de negociação com vistas à assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho que abrange trabalhadores rurais de Bocaiúva do Sul, Brasilândia do Sul, Guaporema e São Jerônimo da Serra. Além destes, a Convenção também é válida em nível estadual para os trabalhadores de municípios que não possuem a representação de um sindicato – seja patronal ou laboral.
No encontro, a classe patronal trouxe para a mesa de negociação um piso de R$ 545 mais 5%, ficando R$ 572,25, enquanto que a proposta da Fetaep é de R$ 770. Para o diretor de Assalariados da Fetaep, Jairo Correa, o que a Faep propõe está muito distante da realidade econômica estadual – “uma vez que a média salarial no setor rural gira em torno de R$ 800”, informa Correa. Além disso, tem a questão do piso regional que – a partir de maio – será R$ 708. Em virtude disso, não houve avanço nas negociações.
Segundo o coordenador da Comissão de Negociação da Faep, Francisco Carlos do Nascimento, o entrave da negociação está justamente em torno do piso estadual. De acordo com ele, a exigência da Fetaep está impossibilitando o avanço das negociações. “Estávamos confiantes de que o governo mudasse a política de reajuste do piso estadual e que ele ouvisse com mais calma as entidades patronais. Porém, essa expectativa não se concretizou”, disse. Por enquanto, as entidades estão em um impasse uma vez que os Sindicatos filiados à Fetaep também não aceitam assinar a CCT com um piso inferior ao estadual.
O assessor jurídico da Fetaep, Carlos Buck, informou à entidade patronal que a Federação dos Trabalhadores e os Sindicatos dos Trabalhadores não podem desrespeitar uma lei estadual e jogar para o alto todas as lutas em torno do piso paranaense. Para os empregadores, o salário estadual veio a engessar as negociações salariais entre as entidades sindicais tendo em vista que o executivo retirou das entidades o papel de negociar.
A preocupação da Fetaep é que essa desvalorização salarial no campo acabe afastando ainda mais os trabalhadores da área rural. “Muitos estão abandonando o campo e indo para a cidade trabalhar na construção civil – que está aquecida – em virtude da baixa renda e das condições de trabalho”, salientou o presidente da Fetaep, Ademir Mueller.
Piso regional fica valendo - Como não houve até agora uma negociação direta e devido à falta de um instrumento coletivo de trabalho que ampare os trabalhadores, o diretor da área de Assalariados, Jairo Correa, alertou aos representantes da Faep que o piso estadual já está valendo para estes trabalhadores.
Diante dos resultados obtidos, o próximo passo a ser tomado pela Fetaep será o agendamento de uma mesa redonda junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE/PR). “Quem sabe, com a mediação da esfera federal, consigamos algum avanço”, espera Mueller.
A Fetaep foi representada por toda a diretoria executiva – Ademir Mueller, Mário Plefk, Jairo Correa, Aristeu Ribeiro, Mercedes Demore e Marcos Brambilla – e pelo assessor jurídico Carlos Buck. Já a Faep esteve representada pelo coordenador da Comissão de Negociação, Francisco Carlos do Nascimento, pelo diretor da entidade, Livaldo Gemin, e pelo assessor jurídico, Klauss Dias Kuhnen.
No encontro, a classe patronal trouxe para a mesa de negociação um piso de R$ 545 mais 5%, ficando R$ 572,25, enquanto que a proposta da Fetaep é de R$ 770. Para o diretor de Assalariados da Fetaep, Jairo Correa, o que a Faep propõe está muito distante da realidade econômica estadual – “uma vez que a média salarial no setor rural gira em torno de R$ 800”, informa Correa. Além disso, tem a questão do piso regional que – a partir de maio – será R$ 708. Em virtude disso, não houve avanço nas negociações.
Segundo o coordenador da Comissão de Negociação da Faep, Francisco Carlos do Nascimento, o entrave da negociação está justamente em torno do piso estadual. De acordo com ele, a exigência da Fetaep está impossibilitando o avanço das negociações. “Estávamos confiantes de que o governo mudasse a política de reajuste do piso estadual e que ele ouvisse com mais calma as entidades patronais. Porém, essa expectativa não se concretizou”, disse. Por enquanto, as entidades estão em um impasse uma vez que os Sindicatos filiados à Fetaep também não aceitam assinar a CCT com um piso inferior ao estadual.
O assessor jurídico da Fetaep, Carlos Buck, informou à entidade patronal que a Federação dos Trabalhadores e os Sindicatos dos Trabalhadores não podem desrespeitar uma lei estadual e jogar para o alto todas as lutas em torno do piso paranaense. Para os empregadores, o salário estadual veio a engessar as negociações salariais entre as entidades sindicais tendo em vista que o executivo retirou das entidades o papel de negociar.
A preocupação da Fetaep é que essa desvalorização salarial no campo acabe afastando ainda mais os trabalhadores da área rural. “Muitos estão abandonando o campo e indo para a cidade trabalhar na construção civil – que está aquecida – em virtude da baixa renda e das condições de trabalho”, salientou o presidente da Fetaep, Ademir Mueller.
Piso regional fica valendo - Como não houve até agora uma negociação direta e devido à falta de um instrumento coletivo de trabalho que ampare os trabalhadores, o diretor da área de Assalariados, Jairo Correa, alertou aos representantes da Faep que o piso estadual já está valendo para estes trabalhadores.
Diante dos resultados obtidos, o próximo passo a ser tomado pela Fetaep será o agendamento de uma mesa redonda junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE/PR). “Quem sabe, com a mediação da esfera federal, consigamos algum avanço”, espera Mueller.
A Fetaep foi representada por toda a diretoria executiva – Ademir Mueller, Mário Plefk, Jairo Correa, Aristeu Ribeiro, Mercedes Demore e Marcos Brambilla – e pelo assessor jurídico Carlos Buck. Já a Faep esteve representada pelo coordenador da Comissão de Negociação, Francisco Carlos do Nascimento, pelo diretor da entidade, Livaldo Gemin, e pelo assessor jurídico, Klauss Dias Kuhnen.