quinta-feira, 12 de maio de 2016
FETAEP debate questões agrárias
Coletivo traçou ações 2016 e tece uma aula sobre a conjuntura agrária paranaense.
Coletivo de Política Agrária da FETAEP esteve reunido durante todo o dia de hoje (12) debatendo as questões agrárias do Paraná. Para situar os participantes em torno da atual conjuntura, a FETAEP convidou o professor Gracialino Dias. Durante mais de uma hora, os dirigentes sindicais ouviram as colocações do professor, entre elas a de que “falar da questão agrária no Paraná, é falar de sangue, de morte”. Segundo Dias, o problema agrário no Paraná, assim como no Brasil, consiste em alguns pontos, como: grilagem, latifúndios, INCRA inoperante, transgenia e dependência nos agroquímicos.
“Infelizmente, a agricultura brasileira vem perdendo sua autonomia a partir da Revolução Verde, logo após a 2ª Guerra Mundial. O agricultor é um prisioneiro das commodities e dos Bancos”, ponderou. Como uma possível saída, Gracialino apresentou alguns estudos europeus que trazem como proposta a “recampesinização e a recomunitarização”, logicamente sustentadas por políticas públicas estruturantes.
Diretores da FETAEP estiveram presentes na abertura. O Coletivo de Agrária também discutiu o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), a Reforma Agrária, o processo de usucapião, a pauta do Grito da Terra Brasil, além de alguns encaminhamentos para este ano. O encontro será encerrado com uma reunião no INCRA para tratar da desapropriação das fazendas Lupus I, II e III.