A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (CONTAG) recebeu em seu Centro de Formação os presidente e secretários das Federações que fazem parte do Sistema CONTAG, nos dias 4 e 5 de janeiro. Estiveram em pauta as primeiras medidas tomadas pelo Governo Federal, especialmente a Medida Provisória 871/2019, a Marcha das Margaridas e o posicionamento da Confederação na defesa das pautas relacionados ao campo.

O presidente e o secretário de Formação e Organização Sindical da FETAEP, Ademir Mueller e Cláudio Rodrigues, respectivamente, participaram da reunião e do debate sobre os temas e os impactos sobre no movimento sindical e na agricultura familiar.  

A Medida Provisória 871/2019 muda as regras de concessão dos benefícios pagos pelo INSS, e penaliza principalmente os trabalhadores e trabalhadores rurais. “É preciso que o governo federal tenha cautela para não generalizar como se tivesse fraude em todos os processos da aposentadoria rural. Por isso estamos preocupados e vamos batalhar muito para mostrar que a CONTAG, as 27 Federações e os mais de 4 mil sindicatos têm uma mobilização forte e atuante para impedir que os parlamentares aprovem a Medida”, defende Mueller.

O presidente da Confederação, Aristides Santos, ressaltou a importância da classe se mobilizar e discutir os temas para encontrar a melhor solução para os trabalhadores rurais. “A CONTAG é uma organização Sindical e é assim que ela vai trabalhar. Ainda na eleição entregamos nossa plataforma aos presidenciáveis. Seguindo os mesmos passos, passamos à equipe de transição do governo Bolsonaro também nossa plataforma com as demandas. Buscamos uma relação com o Governo Federal firmada no debate e no respeito, para assim mantermos os direitos da classe trabalhadora”, ressalta Santos.

Diante do cenário político e social, a Marcha das Margaridas tem um papel essencial para a busca de representatividade feminina e acesso às políticas públicas para a agricultura familiar.

Para o presidente da FETAEP, os desafios para 2019 são enfrentar e realizar o verdadeiro papel do movimento sindical, que tem a missão de lutar pelos benefícios da categoria. “Somos um movimento pluralista, e, sempre construímos na diversidade de ideias e posições políticas, não será agora que vamos deixar de nos unir em uma pauta comum. Nenhum direito a menos para os rurais”, defende. “Para que uma reforma previdenciária seja autossustentável, é necessário tirar os privilégios desiguais, e não daquele que tem só o mínimo, como é o caso dos homens e mulheres do campo e de boa parte dos urbanos da iniciativa privada”, complementa.

Com informações da CONTAG.

Foto: César Ramos/CONTAG