quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
Ministra da Agricultura avalia efeitos da estiagem no Paraná e declara apoio a produtores
Fetaep participa de reunião em Cascavel e cobra medidas em defesa da agricultura familiar
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, visitou o oeste do Paraná na manhã desta quinta-feira (13) para avaliar os danos provocados pela estiagem que atinge o estado, que em algumas localidades já provocou perdas de 75% a 90% na produção de soja e 45% na produção de milho. O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Paraná (Fetaep), Marcos Brambilla, participou de uma reunião em Cascavel com a ministra e a equipe do Mapa, acompanhado do secretário de Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, do diretor do Departamento de Economia Rural da Seab e dos técnicos do núcleo regional da Seab, da Faep, Ágide Meneghette, do vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Capitão Leônidas Marques, Claudio Zeni, além de outros dirigentes sindicais da região e autoridades do agro. Técnicos do ministério, da Conab, da Embrapa e representantes do Banco Central, Banco do Brasil e do Ministério da Economia integram a comitiva.
A estiagem prolongada que atinge o Paraná provocou perdas acentuadas no estado e vem sendo acompanhada e notificada pela Fetaep aos governos estadual e federal desde o final do ano passado. Em seu pronunciamento durante o encontro com a ministra, o presidente da Fetaep destacou as perdas sofridas pelos agricultores familiares do Paraná, que não se restringem às plantações, mas também aos produtores de animais e leite, sem contar que muitos relatam estar sem água potável para consumo próprio. Marcos Brambilla registrou ainda a preocupação com os agricultores que produziram com recursos próprios, perderam tudo e estão desamparados. Eles, que já vinham acumulando prejuízos depois do inverno seco e das geadas subsequentes, agora, perderam a primeira safra depois do inverno e não têm perspectivas de recuperação. Muitos avaliam vender animais e equipamentos para saldar as dívidas.
Brambilla pediu um olhar especial da ministra para agricultura familiar. Tereza Cristina assumiu o compromisso de estudar e publicar medidas que ajudem os agricultores familiares. “Estamos levantando informações com muita calma e vocês vão nos ajudar para que consigamos atender com agilidade esses problemas. Temos ações imediatas, de médio e de longo prazo. Todo mundo perde quando o agro perde”, falou.
Entidades do setor vão fazer um documento conjunto com as avaliações e desdobramentos da estiagem, registrando as perdas de produção e as possíveis soluções para mitigar o problema, de forma a pautar as medidas que serão tomadas pelos governos federal e estadual. Segundo Brambilla, o encontro foi positivo e demonstra a sintonia entre as esferas estadual e federal, que vêm buscando criar juntos um plano emergencial para conter os prejuízos provocados pela escassez hídrica.