Em breve a emissão das GTAs (Guia de Trânsito Animal), documento oficial para trânsito de animais e ovos férteis,  poderá ser feita pelos Sindicatos de Trabalhadores Rurais do Paraná. A notícia foi dada em primeira mão na última quinta-feira pelo diretor presidente da Adapar, Otamir César Martins, durante seminário realizado na sede da FETAEP em Curitiba.

                Ao lado do secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, e do presidente da FETAEP, Marcos Junior Brambilla, Otamir assinou um termo de colaboração com a Federação para que, a partir da capacitação de funcionários, o serviço de emissão da GTA possa ser feito nos próprios sindicatos, o que deve facilitar o trabalho de produtores e da própria Agência de Defesa Agropecuária do estado.

                Febre Aftosa Sem Vacina - O Secretário destacou que a última campanha de vacinação contra a febre aftosa, encerrada no fim de maio, superou a meta, atingindo 99% do rebanho no Paraná. Ortigara destacou três pontos para justificar, a partir de agora, o fim da vacina:

•  Para gastar menos e ganhar mais, já que a economia com a vacina também vai ajudar a baixar custos:
•  Para ”meter a cara nos mercados”. O fim da vacina sinaliza a sanidade e a qualidade dos nossos animais o que vai abrir oportunidade para a entrada   em novos mercados;
•  Para apartar o Paraná de outras regiões (estados) que ainda não evoluíram até esta condição de segurança.

                O serviço de fiscalização será reforçado, disse o secretário, bastante otimista: Com esse status de “Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação”, deveremos ter um aumento de 80% nas exportações de carne suína nos próximos 5 a 6 anos. A expectativa é de que o ato normativo seja publicado em setembro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A previsão é de que a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheça essa situação em 2021.

                Cooperativismo - Outro assunto que não podia  faltar no seminário da FETAEP foi  o cooperativismo. O superintendente da OCEPAR, Robson Mafioletti falou sobre o conceito, a história e os desafios de um sistema que, segundo ele, “encontrou terra fértil no Paraná”. Hoje são cerca de 220 cooperativas registradas no estado. Boa parte prestando serviços de assistência técnica, armazenagem e comercialização. Nos últimos 30 anos, as cooperativas de crédito também têm se destacado na oferta de serviços financeiros.

                Mafioletti ressaltou que 60 por cento do valor bruto da produção paranaense passa hoje pelo setor cooperativo. A maior parte dos cooperados paranaenses tem propriedades de até 50 hectares. O leite é uma atividade que se encaixa bem nesse perfil, segundo o diretor da OCEPAR, porque garante renda mensal. Ele destacou ainda que frangos e suínos também são carros-chefes de muitas cooperativas. “É preciso estar sempre ligado a um projeto agroindustrial, para pôr esse produto no mercado. Primeiro ter mercado, para depois produzir e chegar nele”.