terça-feira, 16 de junho de 2015
Paraná debate representação e representatividade sindical
FETAEP mobiliza sua base sindical para discutir ação sindical
De 16 a 17 de junho, a FETAEP discute juntamente à sua base a representação e representatividade sindical da categoria trabalhadora rural. Para debater o tema, convidou o historiador mestre em Educação e Trabalho e doutor em Educação: Estado, Política e Sociedade, Gracialino Dias, e o assessor jurídico da CONTAG, Ricardo Farani. A proposta da atividade, que termina amanhã, é propiciar o debate em torno da dissociação sindical munindo, para tal, os dirigentes de informação e conhecimento.
A solenidade de abertura contou com a presença do secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Juraci Souto, do presidente da FETAEP, Ademir Mueller, e do secretário de Formação e Organização Sindical da Federação, Cláudio Rodrigues. “A FETAEP, ao realizar a discussão, pretende se posicionar a partir do entendimento da maioria. Por isso, procuramos trazer duas vertentes para dentro do nosso debate”, salientou Mueller. Já Juraci afirmou ser o debate justamente o objetivo da CONTAG: “sempre respeitaremos as particularidades e decisões de cada Estado”, afirmou.
Ao apresentar uma análise histórica e política da sociedade brasileira, o professor Gracialino evidenciou aos presentes a possibilidade jurídica e conceitual de manter a união da categoria trabalhadora rural. “O grande interesse por trás da quebra da unicidade é atacar a estrutura sindical para garantir os ganhos de capital de um Brasil que está mergulhado numa crise de institucionalidade que atinge os mais variados setores: família, escola, igreja e política e também, como não poderia deixar de ser, o Movimento Sindical”, ponderou Gracialino.
Porém, continuou o professor, assim como na física, no Movimento Sindical não há espaços vazios. “Portanto, se você não ocupa o seu lugar com ações efetivas e propositivas, outro ocupará. Para isso, algumas entidades sindicais precisam sair do imobilismo ao qual se encontram”, afirmou Dias evidenciando os desafios do MSTTR em torno da legalidade, legitimidade e representatividade.
Já no período da tarde, o assessor jurídico da CONTAG, Ricardo Farani, apresentou o atual cenário em torno da dissociação sindical. Segundo ele, o Movimento está passando por um processo de fragmentação por conta da falta de regramento e de critérios em torno da legislação sindical. “Estamos vivendo um cenário de bagunça em que a reorganização sindical proposta pela CONTAG tem sido um dos caminhos encontrados pela categoria em defesa dos interesses dos trabalhadores”, comentou o assessor jurídico em sua fala.