Durante a reunião do Conselho Estadual do Trabalho na última segunda-feira (13) foi aprovado o valor do reajuste que manteve o Paraná como o estado com maior piso regional do país. O conselho formado por centrais sindicais, representantes das federações patronais e governo do estado contribuiu para a aprovação da Lei estadual 9.688/2016, que manteve os critérios utilizados na gestão anterior do Governo Federal. Carlos Gabiatto, presidente da FETARP (Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais do Paraná), que representa a FETARP e FETAEP na Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB).

“Houve um grande debate com as federações patronais porque queriam utilizar a mesma metodologia do governo federal. Nós das centrais nos reunimos e dialogamos com os representantes do Governo do Estado e conseguimos manter o que estava previsto na lei de 2016, o que é uma grande conquista para o assalariado rural”, afirma Gabiatto.

Quatro grupos de renda formam o piso regional do Paraná que entra em vigor a partir de 1.º de janeiro de 2020. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os reajustes foram:

 – Grupo I – R$ 1.383,80 (5,89%): trabalhadores agropecuários;
 – Grupo II – R$ 1.436,60 (6,01%): administrativos, serviços gerais, de reparação e manutenção e vendedores do comércio em lojas e mercados; 
 – Grupo II – R$ 1.487,20 (5,96%): empregados na produção de bens e serviços industriais; 
 – Grupo IV – R$ 1.599,40 (5,98%): técnicos de nível médio.

No quinto ano que representa a FETARP e FETAEP no conselho por meio da CTB, Carlos Gabiatto conclui que “o trabalho agora é discutir a metodologia para os próximos anos em conjunto com o Conselho Estadual do Trabalho. Sempre tivemos boa representação nessas discussões, inclusive na reivindicação desse piso regional desde o início da década de 2000”.