Notícia

sexta-feira, 07 de abril de 2017

PNCF em debate no Coletivo de Política Agrária da FETAEP

Pauta do evento, realizado em Curitiba, mostrou diferentes olhares sobre as questões agrárias.

Entre 6 e 7 de abril, aconteceu o Coletivo de Política Agrária da FETAEP. O evento, realizado em Curitiba para dirigentes sindicais e assessores, teve como objetivo entender e discutir a realidade da reforma agrária e do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). "Nossa ideia é trazer um olhar do governo e do movimento sindical para traçarmos um bom planejamento para essa questão", comentou o secretário de Política Agrária, Alexandre Leal, durante a abertura do evento.

Durante a manhã do primeiro dia, a assessora da secretaria de Política Agrária da CONTAG, Cleia Anice da Mota Porto, apontou que a Reforma Agrária e o PNCF são estratégias de soberania alimentar no Brasil. "Estamos importando alimentos básicos, como feijão e trigo, pois os grandes produtores nao focam nessa produção. É a agricultura familiar que ajuda no desenvolvimento sustentável", explica.

Logo após sua fala, o secretário de Assuntos Fundiários do Paraná, Hamilton Seighelli, apresentou os Conflitos Agrários no Estado do Paraná. "Queremos resolver os conflitos, mas é preciso paciência e união. Não dá para fazer política partidária. Precisamos todos puxar para o mesmo lado", afirma.

A pauta ainda contou com a presença do superintendente do Incra, Edson Wagner de Sousa Barroso, que abordou a atuação da instituição do estado e os planos de trabalho para 2017. Depois, o assessor jurídico da FETAEP, João Batista Toledo, falou sobre a Lei nº 13.178, que trata da Faixa de Fronteira.

Para finalizar o Coletivo, Leal assumiu a pauta com os temas: Crédito Fundiário, Propriedade Modelo 2017, capacitação para novos técnicos, estratégias e planejamento para o próximo ano. Com relação ao PNCF, o secretário da FETAEP comentou que o atual valor oferecido de R$ 80 mil, impossibilita que vários municípios sejam alcançados e beneficiados.

“Vários encaminhamentos foram elaborados a fim de que consigamos colocar algumas metas, como a expansão do PNCF para municípios paranaenses com valor da terra mais em conta, possibilitando a compra pelos jovens; capacitação dos agricultores para garantir o sucesso em suas propriedades; parcerias; entre outros. O próximo passo é levar ao conhecimento da diretoria da FETAEP o relatório de conclusão do Coletivo de Agrária, a fim de definir novas diretrizes em defesa do trabalhador rural”, afirmou Alexandre Leal.

Meio Ambiente - No dia 7 de abril, também foram debatidos os impactos negativos causados pela extração de xisto em território paranaense. A prática em São Mateus do Sul serviu de referência por conta da devastação e grandes prejuízos causados ao meio ambiente. De acordo com os dados divulgados, cerca de 7 mil toneladas de xisto são retiradas do solo por técnicas de mineração, moídas e submetidas a altas temperaturas. Desse processo, são obtidos diariamente 4 mil barris de petróleo, além de derivados como o enxofre.

A atividade apresenta dois impactos ambientais salientes. O primeiro ligado ao processo de abertura das minas, que envolve a retirada da vegetação e do solo. O segundo relacionado ao processamento e refino, que provoca a emissão de gases. Questões como vazamento, contaminação, consumo de água, terremotos e poluição originárias do processo foram esclarecidas para informar aos presentes sobre os danos causados por essa prática de exploração do solo.



Galeria de fotos sobre esta notícia

Coletivo de Política Agrária da FETAEP

fotos desta galeria