Notícia

sexta-feira, 10 de julho de 2015

PRONAF e suas novidades

O Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 apresentou algumas novidades positivas aos trabalhadores e às trabalhadoras rurais.

Na safra 2015/2016, o crédito ofertado para a agricultura familiar foi de R$ 28,9 bilhões, 20% superior ao da safra passada. No Paraná, a estimativa de recursos é de R$ 4,48 bilhões. O volume conquistado ficou próximo ao reivindicado pelo Grito da Terra Brasil. No entanto, o aumento considerável da taxa de juros deixou a desejar. Porém, ainda assim, os juros continuam abaixo dos praticados no mercado e compensam pelo fato do agricultor ter sua produção assegurada em caso de perdas, assim como a garantia de preços.

O Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 apresentou algumas novidades positivas aos trabalhadores e às trabalhadoras rurais. Entre elas, a FETAEP destaca a ampliação de mercado com as compras públicas por parte da administração federal. “De todo o montante que as entidades federais comprarem, 30% deverão ser oriundos da agricultura familiar. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) deverá comprar o café orgânico, e as Forças Armadas, em parceria com o Ministério da Defesa, deverão adquirir alimentos”, informa o secretário de Política Agrícola da FETAEP, Marcos Brambilla.

Outra novidade foi o anúncio de R$ 1,6 bilhão para compras pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pelo o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Vejo que demos mais um passo rumo à comercialização da nossa produção, porém já faço um alerta. Se organizem! Façam parcerias locais com associações e cooperativas para termos os produtos à disposição sempre que nos for solicitado. Precisamos de quantidade e periodicidade de produção para conseguirmos dar conta dessa demanda da União”, orienta Brambilla.

No entanto, nem tudo agradou o Movimento Sindical. “Não podemos deixar de comentar que – nesta safra de 2015/2016 – a quantidade de famílias atendidas pela ATER deixou a desejar. A nosso ver, o anúncio de 230 mil novas famílias não atende a necessidade de todo o Brasil. Esperávamos mais”, disse.

A necessidade de flexibilização da atual legislação para a agroindústria familiar é outra demanda que já está na pauta do Movimento Sindical. “Contamos com a sensibilidade do governo federal em não deixar a nossa agroindústria no mesmo nível de grandes multinacionais do ramo. Dependemos disso para conseguirmos comercializar a nossa produção. E mais, esperamos que a flexibilização possa estimular o surgimento de novos empreendimentos”, salientou.