sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Seminário da Cadeia Produtiva da Mandioca foi realizado em Paranavaí
Do encontro saíram alguns encaminhamentos importantes que serão encabeçados pela Fetaep, dentre eles criar um incentivo da indústria para o produtor que registra seus funcionários em cartei
Seminário procurou ouvir oipinião dos produtores de mandioca acerca da formalização em carteira de trabalho.
Foi com o objetivo de ouvir a opinião dos agricultores produtores de mandioca acerca da formalização do trabalhador da cadeia produtiva da mandioca que a Fetaep realizou, no dia 11 de novembro, um seminário em Paranavaí. O encontro foi aberto pelo secretário de Assalariados da Fetaep, Jairo Correa.
Segundo ele, do encontro saíram alguns encaminhamentos importantes que serão encabeçados pela Fetaep. “Estamos pensando em criar um incentivo da indústria para o produtor que registra seus funcionários em carteira de trabalho e vamos articular junto à Contag a regulamentação da Lei 11.718 visando facilitar a contratação de mão de obra temporária”, afirma Correa. Além disso, a Fetaep também deverá articular junto ao governo federal a garantia do preço mínimo da mandioca como forma de incentivo à cadeia produtiva.
Para tal, o secretário de Assalariado ressalta a importância da participação dos STTR´s no processo de formalização e também na conscientização dos trabalhadores com relação à necessidade do registro em carteira de trabalho. “Muitos, infelizmente, não fazem questão de ter o registro, porém não sabem que estão sendo muito prejudicados com isso”, lamenta Correa.
O seminário também contou com a presença do secretário de Políticas Agrícolas, José Carlos Castilho, do assessor de Assalariado, Clodoaldo Gazola, do delegado da Região 4 da Fetaep, Paulo Roberto Sanitá, e de alguns dirigentes sindicais da região. José Carlos ministrou uma palestra sobre a cadeia produtiva da mandioca, enquanto Clodoaldo falou sobre a importância da formalização, das normas de saúde e segurança do trabalho, mais precisamente da NR 31, e da legislação trabalhista como um todo. Além deles, o seminário também contou com a palestra da assessora jurídica da Agrícola Nova Indemil, Paula Meyer, referente à experiência da indústria na contratação de trabalhadores rurais.
Cenário da cadeia produtiva da mandioca foi apresentado
Durante o Seminário da Cadeia Produtiva da Mandioca, realizado em Paranavaí, o secretário de Políticas Agrícola, José Carlos Castilho, apresentou o cenário da produção de mandioca no Paraná. Segundo ele, a maior concentração de mandioca no Paraná está justamente na região de Paranavaí, enquanto Loanda possui a maior concentração de indústrias processadoras de raiz do Brasil.
Em sua palestra, embasada em dados do IBGE, ele destacou que os principais produtores de mandioca são os agricultores familiares. Em 2006, segundo o IBGE, 39.356 unidades familiares foram responsáveis pela produção de mais de 2 milhões de toneladas que geraram uma renda R$ 454 milhões. Já as unidades não familiares, no mesmo período, somavam 6.177, que produziram bem menos que a agricultura familiar: 540 mil toneladas com uma renda de aproximadamente R$ 74 milhões.
De acordo com ele, o Brasil é o 4º país em escala mundial que mais consome mandioca, ficando atrás do Congo – onde cada habitante consome em média ao ano 273 kg –, do Moçambique – que consome 254 kg no mesmo período de um ano – e Gana – onde o consumo é de 200kg por habitante. “O brasileiro consome 44 kg de mandioca ao ano”, ilustrou José Carlos, dizendo ainda que a variedade é um produto originário do Brasil.
