terça-feira, 29 de novembro de 2011
Fetaep discute novas formas de assegurar olericulturas
Demanda provavelmente deverá ingressar na pauta do próximo Grito da Terra Nacional.
Do encontro realizado pela Fetaep saiu um documento que vai articular em nível nacional, por meio da Contag, formas de alterar a forma de seguro das olericulturas.
Com o objetivo de formular uma proposta de seguro às produções agrícolas dos olericultores, a Fetaep reuniu no dia 29 de novembro representantes do Emater, da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), do Ceasa e do Iapar. A iniciativa da Fetaep foi embasada em demandas oriundas dos olericultores e produtores de café durante os seminários de apresentação do Plano Safra, realizados nos meses de julho e agosto.
Segundo o secretário de Políticas Agrícolas, José Carlos Castilho, o banco é muito exigente na hora de assegurar as olericulturas e não cobre todo o dano quando acontece um evento climático, tendo em vista que os produtores plantam várias olerícolas, mas na hora de financiar o Banco só aceita uma proposta. “Dessa forma, o trabalhador sai prejudicado uma vez que ele não planta apenas uma variedade de olericultura e sim várias delas”, comenta Castilho. Além disso, continua ele, em casos de intempéries climáticas, o agricultor perde todas as variedades. Outro empecilho para o recebimento do seguro, é que os agentes financeiros só cobrem as propriedades que têm sistema de irrigação – “o que custa caro ao produtor”, comenta. No entanto, continua Castilho, mesmo sabendo de todas essas exigências o trabalhador ainda recorre ao financiamento para, ao menos, não ficar 100% no prejuízo e ter recurso para plantar novamente.
Do encontro organizado pela Fetaep, saiu um documento que vai articular em nível nacional, por meio da Contag, formas de alterar essa forma de seguro. Além disso, também será enviado ao Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), que deverá fazer uma interlocução com os bancos.
De acordo com o implementador estadual de Crédito Rural do Emater, Osmar Schultz, que coordenou os encaminhamentos da reunião, o objetivo desse projeto será sensibilizar os setores no sentido de que atendam o olericultor dentro de suas necessidades. “A partir daí, tanto a Fetaep quanto a Faep deverão reivindicar ações de políticas públicas com as mais variadas esferas do governo e da sociedade”, destaca. Para José Carlos, provavelmente este tema será incluído na pauta da próxima edição do Grito da Terra Brasil.